Em outubro de 2012 a Associação Quilombola do Forte Príncipe (AsqForte) em parceria com o projeto Nova Cartografia Social elaborou o fascículo “Mapeamento Social” da UFAM e lançou em dezembro de 2014, em Costa Marques. O documento define em croquis elaborado pela comunidade a indicação de suas terras tradicionalmente ocupadas.
O Exército sempre impediu a entrada da equipe do Incra de realizar o RTID: o laudo antropológico oficial. O MPF apresentou com Ação Civil Pública na Justiça Federal de autorização para o INCRA realizar o laudo antropológico oficial. Mesmo assim na autodemarcação apresentada na Cartografia Social a Comunidade Quilombola do Forte Príncipe da Beira abrange a extensão de 20.108,8709 hectares. Em 2015 o Exército apresentou uma proposta de CDRU: concessão individualizada de reconhecimento de posse, que foi recusada pela comunidade.
A professora Mary Nascimento, ex presidente da Asqforte, apresenta o mapa da comunidade. Foto: Asqforte / Arquivo da CPT – Rondônia
Além da falta do estudo antropológico a comunidade carece de muitas políticas públicas em nível municipal. A Prefeitura de Costa Marques tem medo de implantar infraestrutura na comunidade como posto médico e sistema de água. A água encanada vem do quartel, então eles se sentem em todo o direito de fazer o que eles querem e a gente tem que baixar a cabeça, eles acham que a gente tem que baixar a cabeça como se não tivéssemos direitos, nós somos amparados por lei da mesma forma que eles devem ter os direitos deles com certeza, mas também nós temos os nossos, afirma Laís dos Santos. A perfuração de um poço artesiano foi impedida e hoje a demarcação do território e as políticas públicas de saúde e água são as prioridades da comunidade.