A comunidade Marobá dos Teixeira desde que recuperou o inventário de João Teixeira no final da década de 90 iniciou o processo de luta pela retomada do território. Inicialmente buscavam o reconhecimento do título de posse do seu antepassado na justiça comum, o que era difícil dada a estrutura patrimonialista e racista do direito civil brasileiro.
Quando tomaram contato com a legislação que garante o direito quilombola eles, que já tinham uma identidade coletiva de resistência afrodescendente, começaram a se organizar em torno dessa pauta pelo reconhecimento dos seus direitos. Em 2008 fundaram a Associação Quilombola, em 2009 foram reconhecidos pela Fundação Palmares e em 2012 foi publicado o relatório técnico e antropológico da comunidade.
Nesse processo foram resistindo às tentativas de expulsão por parte dos fazendeiros, que arrefeceram na medida em que o reconhecimento dos seus direitos foram sendo alcançados. Hoje os quilombolas aguardam a titulação final do território e o reassentamento de famílias que estão em suas terras, nomeadamente posseiros e um acampamento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que aguarda o assentamento pelo INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. A convivência com essas comunidades é harmônica e não há disputa entre eles, colaboram na subsistência e na resistência aos coronéis.