Atualmente existe um grande esforço para ampliar o vocabulário Patxohã (“língua do guerreiro pataxó”) na recuperação da sintaxe por meio de pesquisas realizadas por professores e estudantes universitários das diversas comunidades Pataxó. Trata-se de um processo complexo de reconstrução linguística, que exige muito tempo e empenho. O Patxohã está sendo ensinado na escola indígena de Barra Velha desde a década de 1990. Há também um curso de graduação étnico-cultural em Belo Horizonte voltado para indígenas Pataxó.
É importante observar, que apesar do violento contato histórico experimentado pelas várias etnias estabelecidas na reserva Caramuru-Paraguaçu, as concepções cosmológicas, a mitologia e os rituais continuam vivos, e passíveis de serem acionados sob certas circunstâncias, notadamente pelos mais velhos.
Os Pataxó fabricam peças de artesanato, arcos, flechas, lanças, cocares, pulseiras, colares e outros adornos apreciados pelos turistas. Vendem como fonte de renda. “O dinheiro só serve para comprar aquilo que não temos, para construir o alimento na própria terra. Dinheiro é uma arma!” (Ana Pataxó, líder informal da comunidade e esposa do cacique da aldeia Xandó, Sebastião)
Hoje, os Pataxó se preocupam com a preservação do meio ambiente e de sua cultura. Replantam árvores, resgatam danças e ritos, valorizam a língua e os cantos indígenas. Reúnem-se em volta de uma fogueira, principalmente em noites de lua cheia para contar e ouvir suas histórias e lendas. Assim, vão transmitindo suas experiências, mantém suas festas, rituais, danças, jogos, comidas e bebidas típicas, pinturas e cantos indígenas. Tudo isso faz parte da grande festa indígena realizada dia 19 de abril, no Dia do Índio.