O Grupo é formado por mulheres agricultoras moradoras no assentamento Pe. Jésus, oriundas do município e comunidades vizinhas e nasce a partir da conquista da terra como forma de continuidade de luta agora na terra e buscar de geração de renda e autonomia. É a continuidade de luta e resistência na terra As mulheres percebem a necessidade de se organizarem para trabalhar na terra, diversificando a produção, melhorando a auto-estima. Realizaram diversos encontros, reuniões, oficinas a partir da necessidade do grupo a fim de obter renda para o fortalecimento do grupo familiar e ter a sua independência financeira.
Depois de muita luta e caminhada as mulheres providenciaram os documentos individuais e trabalharam a valorização da mulher como agricultora familiar assentada. Com isso, o grupo tornou mais organizado e ativo, melhorando a auto-estima das mulheres, participação ativa nas discussões das atividades na propriedade em prol da geração de renda e bem viver coletivo, participando e se envolvendo em outras organizações como os Sindicatos, as Cooperativas, as Associações, secretarias, comunidades parceiras e outros espaços. Tendo como foco que mulher organizada e informada, é mulher forte.
Atualmente muitas atividade que fazem pare do cotidiano das mulheres como: trocas solidárias, de produtos, trocas de conhecimento (experiências); participação de feiras livres, levando seus produtos para a exposição no município; oficinas internas para o fortalecimento do grupo, assim, como novo aprendizado; recebem oficinas de capacitação para melhorar a geração de renda do grupo; trabalho de formação sobre a saúde e direitos da mulher; palestras/encontros (homeopatia, cuidado com as nascentes e a terra); artesanatos; produtos alimentícios (doces); criação de galinhas poedeira, hortaliças e plantas medicinais em seus quintais; além de diálogos, formação e informação com o Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais na Agricultura Familiar - SINTRAF, Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar Solidária de Espera Feliz – COOFELIZ e Associação dos Agricultores familiares do Assentamento Padre Jésus- CONTERRA da qual o grupo de mulheres faz parte.
No calendário festivo é comemorado o aniversario do grupo (09 Novembro 2011); o dia Internacional da mulher (08 de março); dia das Mães; São Pedro – 28 de junho; o resgate e o cultivo das sementes crioulas e as celebra/ações das Comunidades Eclesiais de Base.
O Grupo de Mulheres Raízes da Terra é um grupo informal composto por benzedeiras, rezadeiras, artesãs e com uma grande riqueza na Culinária e religiosidade popular. Participam de várias denominações religiosas. Participam de confraternizações, rezas como novena de São Pedro e Novena de Natal. Tem-se uma solidariedade natural com doação de sextas básicas para famílias com necessidades, isso é uma prática costumeiras das novenas de natal. Participam de feiras livres e intercâmbio para trocas de saberes de conhecimentos variados.
No assentamento, onde o grupo está situado, não tem Posto de Saúde. O atendimento se dá numa comunidade vizinha denominada Comunidade de Fátima que fica a 3 Km do local. O atendimento da saúde bucal e na comunidade de Vargem Alegre, 6 Km de distância.
Referente a Educação, ainda não existe Escola no assentamento, mas é garantido até o ensino médio. As famílias avaliam que a educação seja razoável, mas acreditam que o deslocamento tenha consequências, como a fadiga dos estudantes e riscos no transporte escolar, que são características natas das Nucleações das Escolas. As crianças e jovens são transportadas para comunidades vizinhas onde existe o ensino. Algumas crianças deslocam 2 km até a Comunidades São Paulo, outras até a comunidade Vargem Alegre a 6 Km, outras ainda para Comunidade Paraíso, 9 Km de distância.
No Assentamento tem água de qualidade e quantidade suficiente. Existem 4 (quatro) minas, 2 (dois) poços comuns, mas houve a necessidade de fazer 7 (sete) poços artesianos para o consumo familiar. Toda a gestão das águas é feita pela propria comunidade, de forma autônoma.
Praticamente todas famílias tem acesso a telefonia, fazem uso do celular, mas carecem de internet rural, um serviço que as famílias almejam.