A origem da ocupação de Pilões
A comunidade de Pilões se originou em fins da década de 1990, com o encerramento das atividades produtivas da antiga fazenda Pilões. Após a morte do fazendeiro, alguns empregados da fazenda, permaneceram com suas famílias na área abandonada, fixando ali, sua morada sem qualquer objeção, numa área de 175 hectares. Segundo dados do INCRA, no ano 2001, outros moradores, que ainda ocupam a área, vieram do acampamento São Francisco, também localizado no município de Jacobina, cujo processo de desapropriação não avançou. A partir desse momento a ocupação passou a ser acompanhado pelo CETA[1] - Movimento dos Trabalhadores(as) Assentados(as), Acampados(as) e Quilombolas. Desde a origem, passaram muitas famílias pela ocupação de Pilões, algumas não conseguiram permanecer, devido as dificuldades de garantir a sobrevivência, dada a morosidade do Estado para concretizar a Reforma Agrária e garantir condições de investimentos para a produção, com tecnologias apropriadas as características do local.
Atualmente, abrigam 15 famílias numa área de 175 hectares do território de Pilões. Essas famílias cultivam milho, mandioca, feijão, melancia, mamão, legumes, etc. além de praticar uma pequena agropecuária de subsistência - ovinos, suínos e galinhas. Essas atividades são praticadas em áreas individuais, mas também desenvolvem algumas ações numa área coletiva, uma vez por semana ou sempre que acharem necessário.
Foto: Arquivo do Núcleo Bonfim - Comissão Pastoral da Terra, Centro Norte – BA.
A Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais dos Pilões, foi criada, em 17 abril de 2006, com o objetivo de fortalecer a organização comunitária, econômica, política e social; representar os(as) seus associados(as) perante as esferas públicas; e racionalizar as atividades econômicas, desenvolvendo formas de cooperação entre a produção e comercialização. Os associados se reúnem sempre na primeira terça-feira de cada mês.
Segundo moradores, graças a essa organização, a comunidade hoje é beneficiada com vários serviços públicos e programas governamentais, como transporte ecolar, cistenas de captação de água de chuva, energia elétrica, projetos produtivos e crédito agrícola, embora a terra ainda seja insuficiente para a garantia da subsistência e segurança alimentar das famílias.
Foto: Arquivo Núcleo Bonfim - Comissão Pastoral da Terra, Centro Norte – BA.
[1] Histórico do CETA - http://cetabahia.blogspot.com.br/p/nossa-historia.html