A luta do acampamento Dom Luciano assentou 61 (sessenta e uma) famílias que lutam para produzir alimentos em um município em que esse assentamento é o primeiro a ser implementado como legítimo espaço de efetivação da Reforma Agrária. Sendo 25 (vinte e cinco) famílias assentadas na fazenda Monte Cristo, e 36 (trinta e seis) famílias no assentamento Irmã Gerladinha, das quais 11 (onze) famílias posseiras que foram retiradas da Fazenda Monte Cristo sob pressão de despejo, 9 (nove) famílias de ribeirinhos das ilhas do Rio Jequitinhonha, ao lado, e outras 16 (dezesseis) famílias do MST que estavam acampadas no Acampamento Dom Luciano desde 2006.
No Dom Luciano há muitas pessoas acima dos 50 (cinquenta) anos de idade sendo que 10 (dez) são aposentadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O lote é inscrito em nome da mulher, dentre outros motivos, porque o bolsa família (programa de transferência de renda do Governo Federal) é distribuído às mulheres e como forma de combate o machismo atribuindo autonomia patrimonial às mulheres.
Registra-se que as famílias que vivam no campo em Salto da Divisa foram para o espaço urbano como alternativa de sobrevivência já que a concentração de terras é tal que não permite que os pequenos agricultores se mantenham na lavoura.