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Dom Luciano Mendes: A luta pela reforma agrária em Salto da Divisa

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Características demográficas y culturales de la población
Naturaleza de la demanda y estrategia de acceso
Aspectos legales, conflictos y actores
Avances y expectativas
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Avances y expectativas

As famílias sempre mobilizadas na luta pela terra e pela agroecologia e agricultura familiar conseguiram reassentar 61 (sessenta e uma) famílias. Apesar de não ter recebido até hoje nenhum recurso do Governo Federal para a construção das casas, sistemas de irrigação e equipamentos coletivos, as famílias do Dom Luciano Mendes tem equipamentos como a escola do movimento, uma farinheira comunitária e plantações familiares. No assentamento Dom Luciano Mendes elas produzem para a subsistência e para o consumo uma diversidade de produtos agroecológicos como hortaliças e leguminosas, também existe a produção comunitária da farinha de mandioca.

A principal luta da comunidade hoje é pelo acesso à água na região do semi-árido, uma região que sofre com a seca e que luta pela água como direito humano fundamental. Água para a produção sustentável e para o consumo das famílias do assentamento que lutam pela preservação do Rio Jequitinhonha que sofre com a monocultura do capim para pecuária, com o impacto da construção de barragens e, principalmente, com a contaminação gerada pela atividade mineradora de Grafite.

Mesmo diante das adversidades da seca e da contaminação dos rios e as ameaças das mineiradoras e dos latifundiários, as famílias do Dom Luciano podem hoje traçar os caminhos da sua autonomia coletiva e desenvolvimento comunitário nas terras conquistas com a luta pela reforma agrária.

Cleoice dos Santos Silva Sousa, uma das primeiras acampadas no Dom, conta um pouco de sua trajetória de vida, que é a de muitas mulheres de uma região marcada não apenas pela extrema desigualdade e pobreza, mas sobretuto pelo espírito de coletividade e luta de sua gente:

“Eu nasci e criei na roça, lá na Gameleira seca. Minha família trabalhava para um fazendeiro. Quando eu casei fui para outra fazenda trabalhar de empregada, aí não deu certo, o salário estava pouquinho e não dava pra nada. Aí nós veio embora pro Salto morar na rua (cidade). Lá eu trabalhava de lavadeira no rio Jequitinhonha, mas quando a barragem veio acabou com tudo. Mas eu gosto mesmo é de plantar, todo mundo junto. A gente quando trabalha no coletivo é aquela muntidão. A gente está trabalhando para todos, não é escravidão. É bom demais”.

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