A Historia do PA Alegre começa desde 2003 quando as 42 famílias sem terra entraram na área, em 2005 conquistaram parte da área onde estão assentandos. Já se foram doze anos e os assentados continuam lutando para conquistar a outra parte do terreno.
OsTrabalhadores do Assentamento Alegre ( PA – Alegre), como é conhecido, tem uma relação muito íntima com o território. Além de produzirem agroecologicamente, o fazem de forma coletiva, em mutirão. O trabalho é arduoe as famílias, coletivamente realizam apanha do arroz, o arranquio da mandioca. Há um planejamento onde é criado um cronograma, que define as datas em que cadagrupo familiar tem estabelecido osseus dias de participação nos trabalhos em mutirão. Este trabalho cooperativo ocorretando no plantio, limpa e colheita do produto, quanto na comercialização.
Foto:Marciel Santos
As famílias, uma fez por ano, realizam a “Festa da Colheita[1]”, forma de agradecer a Deus pelos frutos da terra e de seu trabalho. Este momento festivo ajuda a manter o vigor e a união dos trabalhadores para que sigam vivendo e produzindo alimentos de boa qualidade sem utilização de agrotóxicos.
Foto:arquivo pessoal do PA Alegre
Além de produzirem os alimentos para o sustento das famílias o PA alegre, comercializam o excedente em feiras locais, faz-se uma troca de saberes e sabores[2] com outras comunidades valorizando as experiências local, cultural adquirindo conhecimento e repassando para as outras gerações, na produção as famílias tem como carro chefe a produção de “farinha amarela” produto derivado da mandioca (variedade específica, com coloração natural e sabor único,utilizada na culinária tradicional da região).
Foto:Marciel Santos
Para se ter acesso à educação, as crianças e jovens da comunidade se desloca cerca de 6 km no transporte escolar até o povoado Alto Bonito todos os dias, pois não tem ainda escola na localidade, isso também vale na área de saúde que por sua vez tem que se deslocar em transporte alternativo.
[1]A Festa da Collheita é realizada anualmente, como festejos de São João Batista (festas juninas), oferecem a produção anual, trazem convidados, fazem comidas tipicas e partilham um banquete dos produtos do assentamentos aos participantes e convidados.
[2]Processo de solidariedade, intercâmbio de experiência e manutensão da cultura, a partir da produção, comidas, sementes e saberes tradicionais. Aproveitam os eventos em que as pessoas do Assentamento participam para manter viva a cultura e estrutura econômica tradicional.