A comunidade tradicional de Forquilha tem uma relação intrínseca com o território, como espaço necessário para a reprodução cultural, social e econômica; utilizando parte desse território de forma permanente e parte temporária. Nesse território, simbolicamente, são impressas a memória e a base material de significados culturais que compõem a identidade dos seus habitantes. Utilizam os recursos naturais desse espaço de forma equilibrada e sustentável, através pequenas roças em mutirão, criações, pesca, extrativismo, quebra do coco babaçu, sempre com a preocupação de manter os bens naturais para todas as gerações. É uma comunidade marcada pela economia de subsistência. São frequentes os mutirões nas roças, nas construções das casas, reuniões etc. Tem uma fé enraizada no cotidiano do povo através do catolicismo popular, são devotos do Divino Espírito Santo e celebram todo ano, no dia de Pentecostes. A comunidade também celebra a festa do reisado, fazem reuniões familiares, partidas de futebol, mutirões e outros trabalhos que envolvem todos da comunidade.
Todas as familias se reuniam em tordo de um casarão (casa onde um dos moradores residia conhecida como Casa Grande[1]). Os próprios moradores não sabe a época que esta foi construída, desde a década de 60 já existia. Hoje, com as fortes chuvas esta se encotra bem deteriorada. Veja abaixo fotos das festas na Casa Grande.
Foto: Arquivo pessoal das famílias de Forquilha
Mesmo sendo uma comunidade muito unida e comprometida com o bem estar, a eletrificação rural e comunicação (sistema de sinal de telefone móvel) fazem parte dos poucos avanços,na linha das politicas públicas. Os mutirões são estrategicos na organização das familias e na execução de obras indispensaveisna vida do povo, para suprir a ausência das políticas públicas em outras áreas, como os poços cacimbão para o abastecimento humano. Fazem também mutirões nas roças das famílias.
Foto: Arquivo pessoal das famílias de Forquilha
Carecem de um posto de saúde e atendimento médico, quando necessitam de algum atendimento médico se deslocampara as cidades vizinhas Benedito leite – MA e/ou Uruçuí– PI.Apenas uma vez por mês a comunidade recebe a visita de uma Agente de Saúde do município de Benedito Leite.
Na área da educação, as crianças se deslocam até a cidade de Uruçuí, atravessa o rioe segue a pé ou de motos até a sede do município paraestudar.Diante disso a comunidade luta incansavelmente para obtenção de um Posto de Saúde e uma Escola Municipal, na comunidade.
Na pordução, a comunidade tem como carro chefe a produção coletiva de mandioca, conquistaram recentemente uma fábrica de farinha, financiado pela Cáritas[2] e estão ampliando a área e planejando se associar a COOPERVIDA[3] docerrado Sul Maranhese, no Maranhão.
Visita ao Assentamento Alegre
Foto: Página Social Facebook: 100% comunidade Forquilha B.leite -MA
[1]Não sabemos a origem do nome Casa Grande.
[2]A Cáritas Brasileira é uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.
[3]COOPERVIDA - Cooperativa do Cerrado Sul Maranhese, é uma cooperativa situada na região sul do estado do maranhão no município de São Raimundo das Mangabeiras, de natureza Ambientalista, Agroecólogica, Agroextrativista, Socioeconomica Solidariae com equidade de Genero e Geraçóes a partir da Unidade Familiar. Atua em seis municípios como: Saõ Raimundo das Mangabeira, Loreto, Sambaiba, São Felix de Balsa, São Domingos do Azeitão e Benedito Leite, tendo como objetivo principal congregar os agricultores e agricultoras Familiares, tendo em vista a mais ampla defesa de seus interesses.